Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As centrais sindicais vão se reunir nos próximos dias com lideranças partidárias para pedir a votação de projetos importantes para a categoria. O presidente da Força Sindical e deputado Paulo Pereira (PDT-SP) informou hoje (12) que há dois projetos prioritários para as centrais: o projeto de lei que regulamenta as centrais sindicais e o que trata da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais.“Queremos explicar para os líderes tanto da base como da oposição a importância de se regulamentar as centrais sindicais e de votar no projeto que foi votado no Senado e não o que foi votado na Câmara”, disse.De acordo com Pereira, o projeto votado na Câmara acaba com o imposto sindical e também determina que o Tribunal de Contas da União (TCU) faça a fiscalização das entidades sindicais. As centrais concordam com a fiscalização do TCU, mas não querem o fim da contribuição sindical.O deputado explicou que as centrais estão começando a fazer uma campanha pela redução da jornada de trabalho. “Ela [a campanha] tem como objetivo fazer um abaixo assinado apoiando o projeto do [senador] Paulo Paim (PT-RS) e do [senador] Inácio Arruda (PC do B-CE) e com isso vamos fazer algumas paralisações, greves, manifestações pelo país até o dia 1º de maio. Depois desta data vamos levar esse abaixo assinado para o Congresso”, disse.Ele também afirmou que o Presidente da República irá assinar na próxima quinta-feira (14) uma menção, para ser enviada ao Congresso Nacional, com uma proposta de ratificação de duas convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que ainda não estão em vigor no Brasil. “Essas convenções, a 151 é a que dá as garantias para os trabalhadores do setor público e também garante data base para negociação do setor público e a 158 garante o emprego para os trabalhadores do setor privado”, explicou.Pereira disse ainda que o governo irá enviar ainda este mês um projeto criando novas contribuições sindicais. “Este projeto já está praticamente pronto, o ministro [do Trabalho, Carlos] Lupi, já negociou com as centrais e devemos encaminhar no começo de fevereiro esse projeto das novas contribuições sindicais”, explicou.O projeto deverá criar um imposto único que empregados e patrões deverão pagar. O valor da contribuição ainda está em discussão. Uma das propostas, defendida por parte das entidades sindicais, é que esse valor seja de 1% com base no salário anual. A Força Sindical defende que o valor da contribuição seja negociado depois que o projeto estiver tramitando no Congresso Nacional.