Morillo Carvalho e Irene Lôbo
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Adistância entre mães que vivem em presídios e osseus filhos torna a situação das mulheres encarceradasainda mais difícil que a enfrentada pelos homens. A avaliaçãoé do coordenadornacional da Pastoral Carcerária, padre Gunter Zgubic.“Criançano Brasil não têm direito a uma família quando amamãe está presa. E diante disto, onde ficam os juízesda infância, os promotores da infância? E os políticosque querem mais justiça? É muita hipocrisia.”,critica.Nosúltimos cinco anos, o número de mulheres privadas deliberdade no país subiu de 3% do total de presos em 2002 para6% em 2007, segundo dados do Sistema Integrado de InformaçõesPenitenciárias (InfoPen), do Ministério da Justiça,relativos a junho de 2007 – os mais atualizados disponíveis.Emrelação às condições oferecidas àsmulheres privadas de liberdade, os dados mostram que há apenas27 locais específicos para presas gestantes ou que acabaram dedar à luz, de um total de 156 instituições queabrigam o mulheres, entre penitenciárias, colôniasagrícolas, cadeias públicas e hospitais. Háainda 25 creches e 55 berçários, 130 leitos paragestantes e parturientes, 75 berços para recém-nascidose 134 leitos em creches. Lançadono ano passado, o Programa Nacional de Segurança Públicacom Cidadania (Pronasci) prevê a abertura de mais de 33 milvagas em prisões masculinas e mais de 4 mil em prisõesfemininas.