Forças Armadas poderão ser acionadas para garantir obras do PAC em favelas do Rio

25/01/2008 - 14h05

Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro das Cidades,Márcio Fortes, confirmou hoje (25), em entrevista àrede nacional de rádio formada por emissoras parceiras daEBC, que o governo acionará as ForçasArmadas, ou mesmo a Força de Segurança Nacional, paragarantir a realização de obras do Programa deAceleração do Crescimento (PAC) em favelas do Rio deJaneiro. “O PAC não é um programa só paraficar na fotografia, no anúncio . É para realizarinvestimentos, é para tornar realidade o sonho de muitos queesperam saneamento, habitação e transportes adequados”,disse Fortes.Encarregado de preparar oroteiro da viagem que o presidente Lula fará aos estados parao lançamento de obras que constam no programa, o ministrodisse que terão prioridade para os atos oficiais aquelas que jáestejam licitadas, contratadas ou na fase de início das obras.“Quando você começa uma obra, começa a mexer naterra. Por isso, coloquei essa expressão 'De pé na lama'para [batizar] o roteiro de viagem do presidente”, afirmou o ministro, ao ser indagado sobre o nome escolhido para a viagem do presidente aos locais onde há obras do PAC. Fortes ressaltou que,em 2007, a pasta das Cidades empenhou R$ 4 bilhões, só eminvestimentos do PAC. Segundo ele, o valor representa 99,3% do quefoi destinado. O ministro lembrou que os programas sãoplurianuais e que o montante inclui obras que serão conduzidasao longo de quatro anos. Ele disse que, em 2007, o Ministério dasCidades avaliou projetos do ponto de vista da viabilidade técnica,ambiental e fundiária. “Recebemos de municípios eestados alguns projetos em agosto e já fizemos as análises.Depois fizemos a licitação, os empenhos, acontratação. Por isso, não poderíamos serexigidos quanto a uma grande quantidade de obras em andamento jáem janeiro”, retrucou Fortes, reagindo a críticasque sua pasta tem sofrido, principalmente depois do balanço de um ano do PAC, feito nesta semana, por não ter tantas obras em execuçãoquanto outras áreas como Transportes e Minas e Energia. "Essas áreas já tinham projetos prontos para executar", defendeu-se.O ministro afirmouainda que, com a previsão de investimentos em habitaçãoda ordem de R$ 106 bilhões no âmbito do PAC, o déficithabitacional do país será reduzido à metade. “Hoje, o déficitestá concentrado na faixa de famílias com renda de atécinco salários mínimos, que é de 7,9 milhõesde casas. Queremos atacar mais da metade desse déficit”,revelou.