Créditos obtidos por empresas do grupo Varig elevam percentual a ser pago a funcionários

25/01/2008 - 20h35

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Em nota divulgada hoje (25), a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro comunicou a decisão da juíza Márcia Cunha, tomada na quarta-feira (23), de elevar de 15% para 20% o percentual dos credores trabalhistas da antiga Varig. O crédito total dos trabalhadores alcança R$ 238.831.481,83. A juíza Márcia Cunha é titular da 2ª Vara Empresarial e no momento acumula a chefia da 1ª Vara. Ela é uma das responsáveis pelo processo de recuperação judicial da Varig.

A decisão da Justiça permitirá que sejam  liberados cerca de R$ 47 milhões para o pagamento de parte da dívida da companhia com os funcionários. Segundo informou a assessoria, a alteração do percentual decorreu da atualização das informações dos créditos e dos débitos das empresas pertencentes ao grupo Varig, que se acham em processo de recuperação. Os credores das classe 2 e 3 receberão 1,3676% de um montante de R$ 3.493.423.348,60, informou a assessoria. Já o fundo de pensão dos antigos funcionários da Varig, o Aerus, receberá R$ 35.720.127,92.O pagamento poderá ser feito devido aos créditos obtidos pelas companhias em recuperação, com os resgates das debêntures UPV (Unidade Produtiva Varig) e UPV classe 1, somados aos rendimentos auferidos até a data do resgate. As debêntures são títulos representativos de dívida de médio e longo prazos. Segundo a juíza Márcia Cunha, cada empregado da Varig terá aberta uma conta pelo Banco do Brasil onde os valores serão depositados. Outros R$ 1.628.002.73 ficarão reservados à disposição da 1ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, em conta  separada em nome das empresas em recuperação, até que haja decisão na Justiça do Trabalho sobre os créditos pendentes.