Camila Vassalo
Da Agência Brasil
Brasília - O ProJovem Adolescente, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS),deve atender no próximo ano 498 mil jovens. Segundo a secretáriade Assistência Nacional Social do Ministério do Desenvolvimento e Combateà Fome, Ana Lígia Gomes, a expectativa é de que o número de jovens atendidos chegue a 1,7 milhão até 2010. Em entrevista concedida hoje (24) ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, Ana Lígia informou que o governofederal pretende implentar, em 2008, um novo serviço no âmbito daPolítica Nacional de Inclusão da Juventude, que foi anunciada e aprovada emoutubro. São programas articulados que ficam na responsabilidade de váriosministérios, com várias modalidades no ProJovem e ações que investem naescolarização do jovem.
Ana Lígia lembrou que, os rumos da assistência social no Brasil foram avaliados na semana passada, durante a 6ª Conferência Nacional do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Discutiu-se onde é precisoavançar e o que deve ser melhorado nessa área. Segundo a secretária, teve unanimidade no conjunto dasdeliberações a questão do co-financiamento da assistência social, política que, para os participantes do encontro, tem de ser financiada pelo município, estado e governo federal.
Ela disse que o governofederal tem participação de cerca de 60% no financiamento da assistência social, mas, em sua opinião, o co-financiamento dosmunicípios e estados precisam ser melhorados. Na conferência, foram levantadas também questões como a necessidade de profissionais qualificados na assistência social, masque sejam servidores públicos, uma vez que, atualmente, muitos dos que trabalhamnessa área são servidores temporários.
“A conferência, realizada noperíodo de 14 a 17 deste mês, deliberou para que a gente faça projeto decapacitação no Brasil inteiro, mas é preciso também o vinculo com o serviçopúblico. Muitas vezes, o trabalhador recebe a capacitação e em pouco tempo elenão faz mais parte do trabalho, o que, de certa forma, tem dificultado nessesentido”, afirmou Ana Lígia.
A secretária destacou ainda a importância de se aprimorar a qualificação para que haja de fato um compromisso que permita verificar em que essas ações mudaram a vida daspessoas, se a prestação de serviços melhorou e se houve expansãoda cobertura em todo o Brasil.