Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O economista Márcio Nakane, coordenador da pesquisa do Índice de Preços aoConsumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), informou hoje (22) que a tendência de elevação de preços do álcoolcombustível e da gasolina deve levar a uma aceleração inflacionária já nestemês. No cálculo do IPC da segunda quadrissemana de novembro, o grupo Transporteaparece entre os de maior alta, com variação de 0,13%, ante 0,07% da pesquisa anterior.Para o fechamento de novembro, o economista prevê inflaçãode 0,30% na cidade de São Paulo e parte desse percentual já sob a influência darecomposição de preços dos combustíveis. Ainda assim, analisou, "o resultado geral indicauma situação de equilíbrio".Nakane observou que o IPC da Fipe, na comparação com pesquisas semelhantes no país, vem apontando variação “extremamente baixa”. E citou a manutenção da queda depreço nas tarifas de energia elétrica, o que tem ajudado a manter em baixa o grupo Habitação. Na segunda préviade novembro, divulgada hoje, a deflação neste grupo passou de -0,21% para -0,39%.No período analisado, lembrou Nakane, houve reversão nocomportamento do preço dos alimentos, cuja variação subiu de 0,20% para 0,62%. O feijão foi o item que mais pressionou e, segundo o economista, “a carne bovina também está começando asofrer alta no mercado”.