Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A PolíciaFederal (PF) iniciou hoje (22) a Operação Jaleco Brancopara prender uma organização criminosa especializada emfraudar licitações públicas. Segundo estimativada PF, o grupo vinha agindo havia mais de dez anos e gerou prejuízode R$ 625 milhões.De acordo com nota publicada pela PF, asinvestigações, iniciadas em 2005, revelaram que osfraudadores superfaturavam preços, formavam cartel eutilizavam empresas de fachada. O grupo se beneficiaria tambémde contratos emergenciais “repletos de vícios”, informou ainstituição.Segundo a Polícia Federal, a organizaçãocriminosa era composta por empresários do setor de serviços,principalmente de conservação, limpeza e segurança.A atuação era no estado da Bahia em licitaçõesfederais, estaduais e municipais. Os crimes contavam com aparticipação de servidores públicos de váriosórgãos, como o INSS, a Receita Federal, a Prefeitura deSalvador e secretarias de estado da Bahia. Segundo informaçõesda PF, os servidores participavam com emissão indevida decertidãos negativas.Foram mobilizados 200 policias federais paracumprir 20 mandados de prisão e 40 de busca e apreensãono estado. Os mandados foram expedidos pela ministra Eliana Calmon,do Superior Tribunal de Justiça (STJ).A investigação da PF contou comapoio do Ministério Público Federal, do INSS e daReceita Federal do Brasil. A Superintendência Regional daPolícia Federal na Bahia marcou coletiva de imprensa para as14 horas na Bahia.