Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apesar daposição contrária do PSDB em relaçãoà prorrogação da ContribuiçãoProvisória sobre Movimentação Financeira (CPMF),o governador de Alagoas, Teotônio Vilela, disse que seráum erro "muito grande" se o partido votar contra a proposta no Senado.O imposto fez parte das dicussões do 3ºCongresso Nacional do PSDB, realizado hoje (22), em Brasília.Para Teotônio, apesar de não ser um bom imposto, a CPMF énecessária. “Na ausência de uma reforma tributária,ela continua sendo muito importante, sobretudo para a saúde”.Para o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, o governofederal deve apresentar uma proposta consistente que atenda àsociedade. “Depende mais do governo apresentar uma proposta nova,consistente, que atenda à sociedade no campo da desoneraçãotributária, que atenda aos brasileiros com aumento deinvestimentos na saúde”.Sobre aexistência de setores do PSDB que ainda se posicionam favoravelmenteà prorrogação do imposto, ele disse que isso ocorre porque o partido discute as matérias.“Prefiro umpartido que discute questões importantes para o país,mesmo que divergindo internamente, que a antiga posiçãodo PT, que votava contra tudo o que vinha do governo”, afirmou Aécio.Para o líderdo partido no Senado, Arthur Virgílio (AM), asaída do PTB do bloco governista no Senado vai facilitar aderrubada da prorrogação da CPMF. “Na Câmara, écomo o meu Flamengo jogando fora. No Senado, é o Flamengojogando no 'Maraca' [estádio Maracanã], aí a conversa é um pouco maisembaixo”.Para oex-presidente Fernando Henrique Cardoso, é preciso pensar noBrasil, e não em negociações políticas.“Não podemos ser irresponsáveis, não vamosfazer o que o PT fez conosco”. Ele lembrou que a CPMF foi criadadurante o seu governo, em um momento de crise fiscal. E ressaltouque agora o país vive outra conjuntura.Ogovernador de São Paulo, José Serra, não quiscomentar a questão, lembrando que isso é um assunto dabancada do partido no Congresso Nacional.