Clara Mousinho
Da Agência Brasil
Brasília - AAgência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),juntamente com a Câmara Técnica de Medicamentos(Cateme), vai analisar nos dias 4 e 5 de dezembro a relaçãoentre os riscos e os benefícios do antiinflamatórioPrexige, fabricado pelo laboratório farmacêuticoNovartis. O medicamento foi proibido em agosto na Austrália,por estar relacionado a problemas de fígado.O remédioé indicado para o tratamento dos sintomas da osteoartrite,dores crônicas e cólicas menstruais. Na Austrália,o laboratório recebeu oito notificações sobrereações adversas graves causadas pelo uso do Prexige,com registro de duas mortes. Mas, segundo a Anvisa, até agoranão foram identificados motivos que levassem à adoçãode medidas restritivas à comercialização doPrexige no Brasil. Deacordo com a assessoria de imprensa da Anvisa, desde agosto a agênciatem feito recomendações sobre a dose e o tempo dotratamento com o Prexige. No caso da osteoartrite, por exemplo, adose indicada é de 100 miligramas, uma vez ao dia. Deacordo com a Anvisa, a dosagem é considerada eficaz para amaior parte dos tratamentos. Caso o médico indique uma dosemaior, o tratamento não deve durar mais de dez dias.Aagência também chama atenção para ascontra-indicações do remédio, principalmente parapacientes com problemas renais ou hepáticos.Doismedicamentos da família do Prexige, oVioxx e Bextra, foram proibidos no Brasil por motivos de segurança,porque estavam associados a problemas cardíacos. A Anvisainformou que tem monitorado as reações adversasrelacionadas aos medicamentos pertencentes a esse grupo. Assuspeitas de reações adversas relacionadas ao Prexige ea qualquer medicamento devem ser informadas à Anvisa, por meiode formulário disponível na página da agência.