Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Graça Foster, não descartou a possibilidade de reajuste para o gás fornecido pela estatal. Em entrevista concedida hoje (31), ela informou que a elevação do preço internacional do barril de petróleo faz com que a defasagem em relação ao gás natural venha sendo “retirada gradativamente”, porque o custo de produção de petróleo e de gás tem sido crescente no mundo inteiro. “Então, esse custo de produção precisa ser remunerado para que haja uma racionalidade econômica no aumento de produção do gás”, argumentou, ao lembrar que de janeiro de 2003 a setembro de 2005 o preço foi mantido, o que “trouxe uma vantagem grande para o gás em relação ao óleo combustível”.
Graça Foster informou que se em janeiro de 2003 o Brasil tinha 5 mil quilômetros de gasodutos, a estimativa é que ao final de 2007 haja mais 1,2 mil quilômetros. Para 2009, a previsão é de mais 3,5 mil quilômetros de gasodutos no país.“O custo disso é muito alto. A taxa diária de sonda tem valores que variam hoje de US$ 500 mil a US$ 1 milhão. Existe um investimento muito grande em exploração e produção, e em abastecimento. Então, o gás não pode ficar descolado das variações do preço do petróleo e das variações dos outros combustíveis, porque se criaria uma artificialidade e quem acaba pagando a conta é o consumidor, quando ele é desatendido por alguma razão”, disse. E ressalvou: "No Brasil, não existe esse problema de desatendimento ao consumidor."