Projetos aprovados pelo Senado não significam diminuição imediata da violência, diz associação

26/10/2007 - 16h32

Hugo Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente daAssociação dos Magistrados do Brasil (AMB), RodrigoCollaço, afirmou hoje (26) que os projetos de lei aprovados naquarta-feira (24) pelo Senado, do chamado “pacote antiviolência”,são importantes, mas não significam a diminuiçãoimediata da violência.“Tudo isso éimportante, mas o que vai minimizar a impunidade e a violênciaé a modernização das leis. É precisotratar casos desiguais de forma desigual”, defendeu. O presidente da AMB vêo uso das videoconferências como um avanço nosprocedimentos jurídicos. Para ele, “a vantagem principal éa segurança no processo de deslocamento de presos”, porqueos depoimentos podem ser realizados dentro das penitenciárias.“No começopode haver uma resistência ao uso da nova tecnologia. O mesmoaconteceu quando os computadores substituíram as máquinasde escrever. A Justiça demorou a lidar e aceitar documentosque não fossem datilografados”, lembrou. Collaço tambémse mostrou favorável à aprovação doprojeto de lei que torna mais rígida a puniçãopara lavagem de dinheiro. Um dos principais pontos da medida altera apena máxima para os infratores de dez para 18 anos. “Crimes dessanatureza, ainda mais quando são contra o patrimônio,merecem ser tratados realmente de forma dura e diferenciada”,disse.Nenhum dos projetosentra em vigor de imediato. O relacionado à lavagem dedinheiro ainda precisa passar por votação em turnosuplementar. Os outros dois seguiram para redação finalna Comissão Diretora antes de seguirem para sançãodo presidente da República.