PF prende oito investigados na Operação Persona

26/10/2007 - 17h32

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A PolíciaFederal (PF) prendeu preventivamente hoje (26) oito pessoasinvestigadas na Operação Persona. Um dos procuradosestá foragido. Ontem (25), o juizAlexandre Cassetari da 4ª Vara Criminal Federal de São Paulodecretou as nove prisões preventivas a pedido do MinistérioPúblico Federal. As informações são daProcuradoria da República no Estado de SãoPaulo.A Operação Persona, desencadeada no últimodia 16, teve o objetivo de desarticular um esquema de fraudeenvolvendo empresários brasileiros e uma multinacionalnorte-americana do ramo de serviços e equipamentos de altatecnologia para redes de computadores empresariais, internet etelecomunicações.Das oito pessoas presas preventivamente hoje, seis jáestavam em prisão temporária desde o início da ação: José Roberto Pernomian Rodrigues, PauloRoberto Moreira, Carlos Roberto Carnevali, Helio Benetti Pedreira,Cid Guardia Filho, o Kiko, e Moacyr Alvaro Sampaio. Os seis foramtransferidos hoje para uma prisão em Guarulhos (SP). A prisãopreventiva tem duração de 30 dias, enquanto atemporária, de apenas cinco dias.Foram presospreventivamente hoje também Fernando Machado Grecco e MarceloNaoki Ikeda. Ernani Bertino Maciel, com prisão preventivadecretada, está foragido. As prisões provisóriasforam decretadas sob o fundamento de ameaça à ordemeconômica e a conveniência da instruçãopenal, ou seja, a justiça entende que soltos, os investigados poderiam influenciartestemunhas e outros investigados.Noúltimo dia 16, em decorrência das investigaçõesda Operação Persona, realizada pelo MinistérioPúblico Federal, Receita Federal e Polícia Federal (PF), 40pessoas foram presas temporariamente. Segundo a Procuradoria da República, com a aspiraçãodas prisões temporárias, de cinco dias, renováveispor mais cinco, agora apenas os oito investigados presosprovisoriamente hoje continuam encarcerados.Ontem o juizCassetari indeferiu o pedido de restituição demercadorias do estoque da empresa Mude, uma das envolvidas nainvestigação. A Mudealegou que as mercadorias não integravam eventual material dedelito. Segundo o juiz, o material apreendido ainda precisa seravaliado pela PF e pelo Ministério Público Federal.Emnota à imprensa, a Mude disse que está colaborandoplenamente com as investigações e que seus dirigentesestão à disposição da Polícia Federal para depoimentose informações.“A empresa continua suasatividades parcialmente em seu escritório de Alphaville e estátrabalhando para a retomada total de seus serviços. A Mudefará o máximo esforço para superar rapidamenteesta situação e manter o bom atendimento a seusclientes e parceiros”, diz o texto da nota.