Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, reprovou hoje (24) as condições gerais do Terminal 1 do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Galeão-Antônio Carlos Jobim e anunciou a liberação de R$ 70 milhões para obras de recuperação na área. "As condições do Terminal 1 são péssimas, absolutamente péssimas", afirmou o ministro, depois de vistoria no local.Jobim disse que as verbas a serem liberadas pelo governo federal farão parte de umplano maior de recuperação, que prevê, inclusive, aredução da capacidade ociosa do aeroporto do Rio. Ele vistoriou o local em companhia do presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Sergio Gaudenzi, e do secretário de Transportes do estado do Rio, Julio Lopes. O ministro estima que o Galeão possa receber até 15 milhões de passageiros por ano, embora venha operando com quase metade dessa capacidade. Ele disse que é preciso estimular e aumentar o fluxo de passageiros no Galeão: "Tivemos em 2006 fluxo de cerca de 8 milhões de passageiros. Nossa proposta é aumentar 10%, em um primeiro momento, até chegar a um incremento de 26%, o que levará o terminal a operar com um total de 12 milhões de passageiros.”Para que isso seja possível, Jobim informou que o governo federal está estudando fórmulas que permitam a redução das taxas aeroportuárias, que, segundo ele, serão um diferencial em relação a São Paulo e tornarão o aeroporto do Rio mais atrativo. “Com isso, não estaremos induzindo a uma demanda maior pelo aeroporto", ressaltou o ministro, lembrando que o aumento da demanda não depende só da redução das taxas de embarque aeroportuárias. "Podemos isentar também da taxa de controle aéreo os aviões que vêm de São Paulo para o Rio de Janeiro, reduzir o valor da taxa de embarque, mas isso tudo depende da sociedade do Rio de Janeiro, que terá que criar condições que atraiam os passageiros para a cidade”, acrescentou. Para tanto, Jobim defende uma conjunção de esforços nos três níveis de governo. “Ao governo federal caberá reduzir as taxas que lhe competem; o governo do estado já reduz as taxas cobradas sobre o QAV [querosene de aviação] utilizado pelas empresas; restará, portanto, à cidade [Prefeitura] saber receber e estimular a presença dos turistas na cidade”.O ministro adiantou que os estudos sobre a redução das tarifas estão sendo elaborados em conjunto com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Infraero para verificar o percentual de estimulo.“Esses estudos deverão estar prontos em até 30 dias”, informou Jobim.