Ana Luiza Zenker
Da Agência Brasil
Brasília - O secretário deDefesa Agropecuária do Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento, Inácio Afonso Kroetz, disse hoje (24)acreditar que os indícios de fraude no leite produzido emcooperativas em Minas Gerais “são fatos isolados”. Nasegunda-feira (22), 27 pessoas foram presas pela PolíciaFederal, durante a Operação OuroBranco.Em entrevista ao programa A Vozdo Brasil, da Radiobrás, Kroetz afirmou queas denúncias não colocam em cheque a qualidade do leitebrasileiro. “São 1.700 unidades [de produçãode laticínios fiscalizadas], e não é de assustar que duas unidades tenham sido flagradas com indícios defraude.” Kroetz admitiu, no entanto, que “sãoindícios fortes”, que precisam ser comprovadoslaboratorialmente.O secretário disse tambémque os indícios de fraude foram identificados “oportunamente”e estão sendo tratados de forma adequada. “Inclusive, [osfatos] servem de alerta para que outros que queiram insistir empraticar ações fraudulentas não o façam,porque as medidas punitivas são bastante severas, asconsequências são muito drásticas em cima dacomercialização de uma marca que se sabe foi flagradaem situação de fraude”.Até o momento, aAssociação Brasileira de Supermercados (Abras) nãodivulgou nenhuma orientação para os seus associados afim de retirar qualquer marca de leite longa vida das prateleiras. Jáa Associação Mineira de Supermercados informa que aorientação é que os estabelecimentos doestado de Minas Gerais, especialmente os do Triângulo Mineiro,não vendam leite das marcas Calu e Parmalat.