Empresário admite prorrogação da CPMF, desde que carga tributária seja reduzida

24/10/2007 - 10h10

Kelly Oliveira e Daniel Lima
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Ao chegar hoje (24) ao Palácio do Planalto, onde participa de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da empresa petroquímica Braskem, José Carlos Grubisich, defendeu a redução da carga tributária brasileira. Em entrevista à imprensa, o empresário disse que a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) pode ser mantida, para garantir a arrecadação do governo. No entanto, na avalição de Grubisich, seria necessário reduzir outros tributos, sobretudo os que incidem sobre a folha de pagamento e impostos ligados a investimentos.“Não é discutir a CPMF diretamente, mas acho que a redução da carga tributária certamente viabilizará mais investimentos no Brasil”, ressaltou Grubisich, presidente de uma das maiores empresas petroquímicas da América Latina.O empresário disse acreditar no crescimento sustentável da economia brasileira. De acordo com ele, o setor de plásticos e petroquímicos vai crescer cerca de 10% nos próximos anos. “Evidentemente que não existe nada melhor do que crescimento da economia para viabilizar investimentos”, afirmou.Grubisich é um dos cerca de 100 empresários convidados para a reunião com o presidente Lula. Entre os participantes também está o presidente do grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz. Ao chegar ao Palácio do Planalto, ele preferiu não antecipar se o encontro com Lula servirá para manifestar apoio à prorrogação da CPMF até 2011. “Estou aqui para ouvir o que o presidente tem para falar. Ele convocou os empresários e o nosso dever é estar aqui e participar desse momento do país.”