Empresária diz que CPMF é imposto democrático, porque todos pagam

24/10/2007 - 15h24

Kelly Oliveira e Daniel Lima
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - A Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) é umimposto democrático, porque todos pagam. A afirmação foi feita hoje(24) pela proprietária da rede de eletrodomésticos Magazine Luíza,Luiza Trajano, depois de participar da reunião em que o presidente LuizInácio Lula da Silva e quatro ministros discutiram a situação daeconomia brasileira com cerca de 100 empresários de diversos setores. Luiza Trajano disse que outros impostos são sonegados por empresasinformais, diferentemente do que acontece com a CPMF. "Não estamosmuito preocupados com a CPMF." Para ela, a CPMF poderia "atéficar", mas é necessário reduzir a carga tributária e ainformalidade. Aempresária destacou também o fato de o imposto do cheque ser "claro" eda sociedade poder acompanhar o destino dos recursos.Segundo Luiza, a CPMF não foi tema da reunião com o presidente Lula. Deacordo com seu relato, os empresários defenderam na reunião que asustentabilidade do crescimento econômico depende da realização dereformas, como a tributária. Outros empresários, entretanto, defenderam a redução gradual da CPMF, ao chegar demanhã ao Palácio do Planalto para o encontro com o presidente. O empresário Jorge GerdauJohannpeter, por exemplo, afirmou que a CPMF é "um imposto muito ruim"e sugeriu que no primeiro ano de redução a alíquota passasse de 0,38%para 0,35%.