Aumentar investimentos é um dos principais desafios do país

24/10/2007 - 15h23

Ana Luiza Zenker
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O conselheiro econômico da Embaixada da Argentina no Brasil, LuisCastillo, avalia que garantir um crescimento sustentado  é um dos principais desafios que a Argentinavai enfrentar nos próximos anos. O país tem crescido uma média de 9% ao ano.Para que isso ocorra, ele elege o tripé: aumento dasexportações, novos investimentos em capital físicoe humano e mais recursos para tecnologia.Em entrevista àAgência Brasil, Castillo falou sobre as basesda recuperação da economia argentina depois da crise de 2001.O primeiro fator, segundo ele, foi a manutençãode um câmbio real competitivo, o que impulsionou os setoresexportadores, como o de commodities, vendidas principalmente para aChina e a Índia. Hoje (24), por exemplo, o dólar fechou a 3,17 pesos, segundo o Banco Central argentino.Os outros doisfatores que colaboraram para a recuperação foi o ajustefiscal. “A Argentina tem um superávit fiscal de um poucomais de 4% do PIB [Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas de um país]”, diz Castillo.Oterceiro ponto é a política de salários e depreços. Os salários em geral são fixados apartir de negociações com os sindicatos, enquanto os preçosde bens como tarifas de transporte públicos e de alimentos sãosubsidiados pelo governo do presidente Néstor Kirchner para controlar a inflação.Catillo lembrou, ainda, o que a Argentina tem feito parasuperar uma nova crise que atingiu o país este ano: a falta deenergia. Segundo ele, são dois os focos principais:diminuir a demanda por energia, estimulando as empresas a buscaremfontes alternativas próprias e os consumidores residenciais abaixarem o consumo; e aumentar a oferta, comprando energia de outrospaíses - principalmente Venezuela e Bolívia - e diversificando as fontes.