Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central realiza a sétima reunião do ano nos próximos dias 16 e 17, terça e quarta-feira, respectivamente. Os encontros começam sempre depois das 15 horas e ocupam o resto do dia. No primeiro dia, o colegiado de diretores do BC assiste exposições dos chefes de departamento sobre o desempenho de cada segmento do mercado, com foco especial no controle da inflação.No segundo dia, eles se isolam e discutem, só entre eles, se dão continuidade, ou não, ao processo de redução da taxa básica de juros (Selic), em queda desde setembro de 2005. A taxa que remunera os títulos do Serviço Especial de Liquidação e Custódia (Selic) caiu de 19,75% ao ano para os atuais 11,25%.É a taxa de juros mais baixa da história do Banco Central, e por isso alguns analistas de mercado, que todas as sextas-feiras são consultados por pesquisa do banco, já falam na possibilidade de o Copom "segurar" os juros onde estão. Os analistas acreditam que as condições continuam favoráveis para o Banco Central manter o "afrouxamento" monetário. Pelo menos para repetir a dosagem de 0,25 ponto percentual na reunião do mês passado.Segundo eles, a inflação continua sob controle, sem perspectiva de pressão no médio prazo; além de a taxa brasileira ainda permanecer alta em relação aos padrões internacionais. Dos países emergentes, apenas a Turquia pratica juros mais altos.