Paloma Santos
Da Agência Brasil
Brasília - Somente em 2005, forammais de 380 mil acidentes de trânsito e os óbitoschegam a 35 mil por ano, aproximadamente, segundo a chefedo Departamento de Estatísticas da AssociaçãoBrasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) e professororatitular da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, doutora Maria Sumie Koizumi. “Atualmentemorremcerca de 98 pessoas por dia de acidentes de trânsito no Brasil.A educaçãopara o trânsito deve ser continua. Mas isso não se fazapenas com campanhas de uma semana”, afirmou.A doutoraMaria Sumie é uma das autoras do Atlas de Acidentes deTrânsito no Brasil, lançado este mês pela Abramet.O livro reúne dados sobre frotas, acidentes e vítimasnos últimos dez anos. O Atlas tem como fontes oDepartamento Nacional de Trânsito, Denatran; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,IBGE; Departamento deTrânsito, Detran eMinistério da Saúde. Segundoo estudo, em 2005, a frota de veículos no país chegou a42,071 milhões, e o número de motos circulando nas vias foi de 8,160 milhões.MariaSumie explicou que os dados foram calculados por taxas em cadaestado. Segundo ela, as mortes de pedestres vem diminuindo desde1995. Já os óbitos de motociclistas aumentaramsignificativamente. “A frota das motos foi a que mais cresceu e,também, a que teve maior número de acidentes e vítimas”, disse.Apesquisadora disse ainda que o estado com a maior frota de veículosé São Paulo. Mas, segundo ela isso não significaque seja também o estado com maior número de acidentes.“Mesmo que São Paulo tenha a maior frota, em númerosabsolutos, o número habitantes também é bastantealto, o que diminui a taxa”, explicou.Ainda de acordo comMaria Sumie, nas grandes cidades, os índices de acidentes detrânsito estão diminuindo. As causas, segundo ela, podemser a redução da velocidade, maior concentraçãoda frota nas ruas, e o pedestre pode estar mais educado. Mas, Sumieressalta que a redução não é suficiente.“As taxasestão muito altas. As ações preventivase a fiscalização devem ser mais rigorosas. Entretanto,precisamos de uma fiscalização para a cidadania.Enquanto isso não acontecer, continuaremos tendo muitas mortesno trânsito”, afirmou.