Valorização do real compensa alta do petróleo no mercado externo, afirmam diretores da Petrobras

25/09/2007 - 7h09

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A valorização do real frente ao dólar,ocorrida após a alta provocada pela crise no mercado hipotecárionorte-americano, compensou a alta do preço internacional do barril de petróleo nas últimas semanas e, por isso mesmo, o preço dos principais derivados não sofreráalterações no mercado brasileiro.A análise foi feita nesta segunda-feira,no Rio de Janeiro, pelo diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, ao reafirmarque a estatal manterá a sua atual política de reajuste dos combustíveis – de nãorepassar para os preços internos a volatilidade (as oscilações) do preço dopetróleo no mercado spot (com pagamento à vista e entrega imediata).“O real bateu recorde também. Uma coisacompensa outra e o preço não muda”, afirmou Barbassa, que participou dasolenidade de posse do geólogo, ex-senador e ex-presidente da Petrobras, JoséEduardo Dutra, na presidência da Petrobras Distribuidora (BR).Presente à solenidade, o diretor deAbastecimento da Companhia, Paulo Roberto Costa, também descartou apossibilidade de a estatal brasileira mexer no preço dos derivados em razão daalta recorde do petróleo no mercado exterior, que vem fechando os últimos diasacima dos US$ 80 o barril.“Não há ainda uma definição clara. Isso é uma diferença aí depotencial de preço e a Petrobras não vai trabalhar com pontos fora de curva. Nossa política de preços é de longo prazo e vamos continuar trabalhando destamaneira”, afirmou Costa, acrescentando que, para a estatal, ainda não estáconfigurada a fixação de um novo patamar no preço internacional do barril dopetróleo.