Presidente da Febraban diz que não compete à instituição decidir sobre tarifas bancárias

25/09/2007 - 19h09

Edla Lula
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Opresidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), FábioBarbosa, afirmou hoje (25), após reunir-se com o ministro da Fazenda, GuidoMantega, que não cabe ao órgão, representativo das instituiçõesfinanceiras, decidir sobre redução de tarifas bancárias. Para Barbosa,cabe, sim, à Febraban tornar público o valor das tarifas para promover aconcorrência entre os bancos.  "Cabe a nós a discussão sobre a transparência, para que haja condições de concorrência", disse Barbosa.  Ele afirmou que é positiva a diferença entre tarifas cobradas, porque demonstra competitividade. "Graças a Deus, existe variaçãogrande entre as tarifas, pois isso demonstra concorrência. A gente nãopoderia ter, jamais, uma tarifa que fosse padronizada."Barbosa citou o Star (Sistema de Divulgação de Tarifas de Serviços Financeiros da Febraban), novo sistema de cruzamento de informações, disponibilizado pela Febraban na internet (www.febraban.org.br),que torna pública a relação com valor e nome das tarifas cobradas pelosdez maiores bancos do país. "O que a gente precisa é dar transparência,permitindo, através de uma nomenclatura compreensível, que todos possamentender exatamente o que está sendo cobrado", comentou, ao informarque o sistema foi o tema da reunião com Mantega.ParaBarbosa, o Star permite que o consumidor tenha um padrão que permita acomparação entre os nomes dados aos serviços cobrados pelos bancos, comos seus respectivos valores.Eleevitou comentar a informação dada pelo presidente do Banco Central,Henque Meirelles, que hoje anunciou, já para a próxima reunião doConselho Monetário Nacional (CMN), a unificação da nomenclatura dastarifas bancárias. "Não sei quando é a reunião do CMN", limitou-se adizer.Opresidente da Febreban disse que a instituição trabalha pelaauto-regulação do setor, para que os próprios bancos possam agir deacordo com as demandas da sociedade. "Os bancos têm sentado, de maneiramuito  profissional e muito correta, como alguns outros setores, paraentender como a gente poderia trabalhar de forma transparente para dar às pessoas condições de escolher".