Juliana Cézar Nunes
Repórter da Agência Brasil
Nova York (EUA) - A participação do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, na62ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), causouprostestos e uma série de manifestações. Pouco antes de embarcar para oBrasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre a polêmicaemtorno do presidente iraniano. Naavaliação de Lula, até agora o Irã não cometeu qualquer crime que exijasanções da ONU. "Se ele quer enriquecer urânio, tratar a questãonuclear como uma coisa pacífica, como o Brasil faz, é um direito doIrã", disse o presidente. "Agora, todos nós, o Brasil, o Irã e qualqueroutro país estamos subordinados às orientações da ONU."Na abertura da assembléia, hoje (25), o presidente dos EstadosUnidos, George W. Bush, defendeu a luta contra a "tirania" e cobrou daONU uma posição diante das violações de direitos humanos, com umareforma no conselho que trata desse tema. Segundo Bush, no Irã apopulação vive com medo. O presidente da França, Nicolas Sarkozy,também fez referência ao Irã em seu discurso e afirmou temer queo desenvolvimento de tecnologia nuclear no país desestabilize o mundo,abrindo caminho para uma guerra. No final da tarde, o presidente do Irã discursou na ONU edefendeu o programa nuclear desenvolvido no país. Ele criticou as"ocupações" estrangeiras em países com o Iraque ou na área do Oriente Médio reivindicada pelos palestinos.