Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A base aliada dogoverno na Câmara dos Deputados vai tentar derrubar as emendase destaques que podem obstruir a votação da Proposta deEmenda à Constituição (PEC) que prorroga aContribuição Provisória sobre MovimentaçãoFinanceira (CPMF) até 2011. “Estamos vendo umaforma de dar uma enxugada, na medida do possível, para nãoficar com esse número elevadíssimo de destaques eemendas. Isso tem que ser tentado em um acordo, porque, se for levaressa decisão a plenário, vamos começar uma brigaregimental, em vez de discutir o mérito da CPMF”, disse olíder do governo na Câmara, José MúcioMonteiro (PTB-PE).De acordo com aSecretaria-Geral da Mesa da Câmara, das 66 emendasapresentadas, 26 têm condições regimentais paraser votadas em plenário, além de 10 destaques paravotação em separado.O governo pretendederrubar primeiro os 10 destaques para que as emendas aglutinativas(que aproveitam trechos dos destaques) possam ser consideradasprejudicadas. Segundo o deputadoRicardo Barros (PP-PR), já existe entendimento favorávela essa tese na Comissão de Constituição eJustiça da Câmara (CCJ).O líder do PSDB,Antonio Carlos Pannunzio (SP), entretanto, não considera aquestão consensual. “Esse entendimento não épacífico, e o regimento não deixa claro que, nessecaso, as emendas não possam ser aceitas”, disse ele.A votaçãoda CPMF deve ser retomada amanhã (26) na Câmara. O líderdo PSB, Márcio França (SP), informou que há umentendimento na base aliada de que o primeiro turno da votaçãoda CPMF poderá ser concluído no dia 2 de outubro e osegundo turno, no dia 9. O líder do governo, JoséMúcio, preferiu não fazer previsões.