Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Opresidente do senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota hoje(28) informando que abriu mão do prazo para apresentar suasconsiderações finais relativas à representaçãodo P-SOL contra ele no Conselho de Ética. Ele é acusadode ter contas pessoais pagas por um funcionário daempresa Mendes Júnior."Hoje,visando dar maior celeridade ao julgamento a que me submetodemocraticamente, abri mão de outro prazo: o das alegaçõesfinais, conforme determina a resolução nº. 20",diz a nota.Ontem (27) era o último dia para Renan fazer asalegações finais relativas à perícia daPolícia Federal nos documentos apresentados por ele. Na nota,o presidente do Senado também diz que não usou o prazode dez dias ao qual tinha direito para impugnar a períciafeita sobre as provas apresentadas por ele – "todas, porsinal, certificadas como autênticas e verídicas",afirma.Está marcadapara quinta-feira (30) a divulgação do parecer final dacomissão de relatores. Se não houver pedido de vistas,a votação do conselho deve ser feita no mesmo dia.Osenador afirma que desde o início do processo procura cumprirtodas as normas do regimento da Casa. "Apesar destes institutospreverem uma série de etapas e prazos que devem ser seguidosna defesa, jamais lancei mão de prerrogativas que poderiamdelongar o processo, colocando-me sempre à disposiçãodo Conselho de Ética da Casa e dos senadores",declara.Ele ressalta que tem se antecipado a qualquer pedidorelativo a investigação e que ele próprio pediuao Ministério Público Federal que abrisse umainvestigação para que pudesse "chegar àverdade dos fatos."Renan Calheiros também diz nanota que delegou ao primeiro vice-presidente do Senado, TiãoViana (PT-AC), a direção de todas as reuniões daMesa Diretora ou a tomada de decisões relativas àsações movidas contra ele. O parlamentar concluia nota dizendo: "Isso demonstra o que tenho dito: posso atéser vítima dos excessos da democracia, mas jamais me afastareidela".Neste momento, a comissão de relatoresapresenta ao presidente do Conselho de Ética, LeomarQuintanilha (PMDB-TO), os relatórios preliminares sobre ocaso.