Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Departamento Econômico (Depec) do Banco Central divulgou relatório hoje (23) sobre Setor Externo, no qual estima que a dívida externa do país encolheu US$ 985 milhões no mês de julho. Caiu dos US$ 196,429 bilhões estimados em junho para US$ 195,444 bilhões como resultado, principalmente, do pagamento do bônus Global 07, no valor de US$ 959 milhões.Os números foram anunciados pelo chefe do Depec, Altamir Lopes. Ele explicou que a dívida de médio e longo prazo aumentou de US$ 146,461 bilhões para US$ 148,756 bilhões na relação junho-julho, com diferença de US$ 2,295 bilhões. Em compensação, a dívida de curto prazo (com vencimento nos próximos 12 meses) caiu US$ 3,280 bilhões e passou de US$ 49,968 bilhões para US$ 46,688 bilhões.Os principais fatores de variação da dívida externa de médio e longo prazo foram os ingressos líquidos de US$ 3,045 bilhões em financiamentos de exportações e empréstimos, menos os pagamentos dos bônus Global 07 (US$ 959 milhões) e Eurolibra 07 (US$ 279 milhões) e as recompras do Tesouro, no valor de US$ 342 milhões. Houve, ainda, acréscimo de US$ 824 milhões, por causa da valorização do real frente ao dólar.O declínio no endividamento de curto prazo é resultado da redução de US$ 4,1 bilhões nas obrigações em moedas estrangeiras dos bancos comerciais – principalmente em linhas de créditos de exportações -- contra aumento líquido de US$ 806 milhões em empréstimos e financiamentos. Vale ressaltar que a quase totalidade da dívida de curto prazo (US$ 46,223 bilhões) é de responsabilidade dos bancos públicos e privados.O relatório do BC destaca, também, que as reservas internacionais cresceram US$ 8,809 bilhões no mês passado, como resultado das compras líquidas de US$ 6,956 bilhões no mercado doméstico de câmbio e de operações externas nas quais se sobressai a receita de US$ 623 milhões com a remuneração das reservas, como explicou Altamir.