Declaração de Brasília mantém cooperação entre países da América Latina e da Ásia do Leste

23/08/2007 - 18h45

Gláucia Gomes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Com a aprovação da Declaração de Brasília, oministro das Relações Exteriores, Celso Amorim encerrouhoje (23) a 3ª Reunião Ministerial do Foro de CooperaçãoAmérica Latina - Ásia do Leste (Focalal). O documento reúne decisões do encontro, entre elas acontinuação da cooperação entre os paísesda Ásia do Leste e da América Latina em áreascomo educação,capacitação, criação de empregos edesenvolvimento socioeconômico.

Amorim destacou os contatos entre os representantes dos países membros do Foro, alémdos entendimentos entre osrepresentantes do Mercosul e a Associação de Naçõesdo Sudeste Asiático (Asean): “Aconferência foi extremamente produtiva, não só em termos de decisões, mas tambémpelos contatos bilaterais, assim como a reunião informal quetivemos pela manhã."

No encerramento do encontro, o ministro lembrou o entusiasmo do presidente Luiz Inácio Lula da Silvapelo Focalal. Segundo ele, o encontro representa uma abertura daAmérica Latina e do Caribe para um mundo cada vez maisdiversificado, que deve ser seguro e democrático.

Amorim também comentou que durante a reunião da manhãde hoje foram tratados assuntos como a ordem global, o comércioe os investimentos internacionais, a Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), a importânciados acordos de livre comércio feitos entre países ou regiões, a integração da Ásiado Leste, além de temas como a interconectividade e um maiorconhecimento recíproco.

Sobrea Rodada Doha, o chanceler brasileiro disse que é necessário uma“rápida, equilibrada e bem sucedida” conclusão, mas com "clareza", considerando que acordosbilaterais e regionais estão ocorrendo. A rodada, acrescentou, assegura a continuidade do sistema multilateral e é "a única que permitirá acabar com subsídiosdestorcidos”.

O ministro do Comércio Exterior da República da Coréia, Jong-hoon Kim, também destacou a importância de uma ordem multilateral de comércio: "Acordos podem ser um meio de termosum comércio mais livre, mas não podem substituir toda aordem do comércio internacional, de que a OMC está encarregada”.

SegundoKim, os próximos três meses deverão ser “críticos” para a Rodada Doha, na possibilidade de serconcluída "com sucesso”.