Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O advogado Mauro LuizSilva, responsável pela defesa do deputado Paulo Rocha(PT-PA), comparou a denúncia do procurador-geral da República, AntonioFernando Souza, à perseguição feita a algunspolíticos na época da ditadura militar. “É uma perseguição estatal”,afirmou. O deputado foi um dos que recebeu recursos para custear gastos de campanha eleitoralSilvadisse que como presidente do PT no Pará, Paulo Rocha eraprocurado para atender demandas de recursos eleitorais no estado.“Para honrar compromissos de campanha feitos legitimamente naseleições, ele procurou recursos no diretórionacional”. Segundo Silva, o ex-deputado teria sido informado pelo diretório sobre omontante e o local para buscar o dinheiro e autorizado o saque, feitopor sua assessora, Anita Leocádia da Rocha.“Elesolicitou o repasse, assinou os recibos, agiu dentro de umainstituição financeira oficial”, enumerou o advogadoe acrescentou que "os valores foram recebidos na certeza de queeram legítimos". Na defesade Anita Leocádia, o advogado Luiz Maximiliano Mota, alegouque a ex-assessora não sabia que o dinheiro sacado no BancoRuralera de origem ilícita. Segundo o advogado, para configurar ocrime de lavagem de dinheiro, o acusado tem que estar consciente dairregularidade da origem dos recursos, o que não era o caso deAnita Leocádia.Motaacrescentou que a acusada “cumpria ordu.ens” do deputado PauloRocha, por ser sua assessora na época. “Ela jamais usufruiu dequalquer valor relativo a esses saques. Existiam contas a pagar.Houve uma determinação para pegar o dinheiro e levar acredores. Isso não e lavagem de dinheiro”, defendeu.