Preso empresário acusado de construir hotel para prostituição ao lado de Congonhas

14/08/2007 - 0h48

Petterson Rodrigues e Elaine Patricia Cruz
Repórteres da Agência Brasil
São Paulo - O empresário Oscar Maroni Filho, dono dacasa noturna Bahamas e do Oscar's Hotel, foi preso na madrugada de hoje(14) por uma equipe do Grupo de Operações Especias (GOE) da Polícia Civil,em um flat localizado na Vila Olímpia, na zona sul da capital paulista, segundoinformações da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo.Maroni estava com aprisão decretada pela Justiça desde a semana passada, após denúncia do promotordo Ministério Público Estadual (MPE) José Carlos Blat, feita no início do mês eacatada pelo juiz Edson Aparecido Brandão, da 5ª Vara Criminal de São Paulo. Para o MPE, opróprio empresário afirmou em entrevista a uma rede de televisão que o Bahamasé uma “casa de prostituição deluxo”.

Desde novembro de 2004, oempresário é investigado por formação de quadrilha, tráfico de mulheres,exploração de prostíbulo e favorecimento à prostituição.“Seja decretadaa prisão preventiva do denunciado Oscar Maroni Filho, que é chefe daorganização criminosa e há muito tempo vem afrontando as Autoridades Públicas,incentivando mulheres à prostituição, mantendo um estabelecimento voltado aatividades criminosas sem o competente alvará de licença de localização efuncionamento”, diz um trecho da denúncia do Ministério Público Estadual, que pede a prisão do empresário.A denúnciaquestiona ainda a construção do Oscar’s Hotel, prédio de 11 andares emais dois subsolos, vizinho ao Aeroporto de Congonhas, que desde o acidente como avião da TAM, no dia 17 de julho, é questionado também pela prefeitura de SãoPaulo por cometer irregularidades como alterar a destinação do imóvel econstruir numa área maior do que o permitido. A intenção da prefeitura é que oprédio sejademolido.Para o MPE,Maroni está construindo "um complexo de onze andares ao lado doprostíbulo (Bahamas) visando aumentar seus negócios escusos com afacilitação a prostituição, tendo mantido por um tempo uma passagem ligando asduas edificações, contando ainda na parte em construção com 10 (dez) quartos destinados aosencontros libidinosos”.De acordo com o advogado do empresário, Wladmir Silveira, o imóvel não estariairregular por ser destinado para fins residenciais. “Existe uma série deoutros hotéis ao redor de Congonhas”, diz Silveira. Segundo ele, no parágrafo únicoda portaria 1141/GM5, do Ministério da Aeronáutica, do artigo 70, há uma cláusula deexceção sobre a construção de hotéis ao redor dos aeroportos."A cláusula diz que a construção pode ser liberada se atender a algunsrequisitos que os outros hotéis e o meu cliente fizeram”, afirma o advogado. De acordo com ele, o hotel foi construído 50 centímetros abaixo dos 47,5 metros de alturamáxima permitida pela Aeronáutica.