Conselho de Ética do Senado pode ouvir Renan na próxima semana

14/08/2007 - 16h47

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), poderá ser ouvido pelo Conselho de Ética na próxima semana. A expectativa é do senador Renato Casagrande (PSB-ES), um dos três relatores que investigam se Renan teve despesas pessoais pagas por um funcionário da empresa Mendes Júnior. Segundo Casagrande, o convite para que Renan Calheiros esclareça dúvidas dos conselheiros na próxima semana depende, entretanto, de a comissão de relatores receber, até quinta-feira (16), o resultado da perícia feita pela Polícia Federal em documentos apresentados pelo senador para comprovar rendimentos agropecuários."Se recebermos a documentação da Polícia Federal na quinta, na sexta-feira encaminharemos o material para que o senador tome conhecimento e o convidaremos para, se quiser, prestar informações complementares, na próxima semana, ao Conselho de Ética", informou o relator. Cumprido esse calendário, Casagrande disse que a comissão teria condições de entregar o relatório para avaliação do conselho até o dia 31 deste mês. Casagrande lembrou que, pelo regimento interno da Casa, nesse caso, o senador tem cinco dias corridos para analisar o resultado da perícia técnica da Polícia Federal, que resume-se à verificação da autenticidade dos documentos apresentados. l. Quanto à relatoria da segunda representação contra Renan, que pede a investigação de possíveis gestões que ele teria feito para beneficiar a cervejaria Schincariol, Casagrande resiste à pretensão do presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), de passar o caso para a comissão de relatores. "Conversei com a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), e ela também considera mais sensato que o senador Quintanilha arrume outro relator", disse Casagrande.Para ele, entregar à comissão de relatores mais um caso para ser investigado significaria "paralisar" a atual investigação por pelo menos um mês. "Nós temos muito material para analisar e concluir o relatório do 'caso Renan 1'. Não seria sensato pegar, também, o caso 'Renan 2'", afirmou.