Interferência de rádio e de celular é rotina nas comunicações em Congonhas, revela controladora

09/08/2007 - 13h24

Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A interferência de sinais de rádio ede telefones celulares nas comunicações entre oscontroladores e os pilotos é uma rotina no Aeroporto deCongonhas. A informação foi dada pelo controladora devôo Luana Morena Maciel Araújo aos parlamentares da CPIdas Crise Aérea da Câmara.Segundo ela é comum entrar música ouligações a cobrar na frequência em que os pilotose os controladores conversam, o que obriga os profissionais atrabalhar com frequências alternativas.“São rádios - se sãopiratas, a gente não sabe - e telefonia celular, que ospilotos reportam [informam] para a gente e a gente tambémouve quando está trabalhando”. Ela destacou que ainterferência dificulta a comunicação com ospilotos. “Tentamos resolver na hora trocando a frequência.”A controladora Ziloá Miranda Pereira disse que oproblema melhorou há um mês, mas continua. “Atrapalha,porque às vezes o piloto não consegue perceber a nossainstrução!”. Perguntada se essas interferênciaspoderiam oferecer risco de à segurança ela afirmou que“se não houver providências, sim”. Ela explicou que cada console [monitor]usado pelos controladores tem uma frequência principal e umaalternativa, e explicou que o procedimento nos contatos com ospilotos é informar a frequência alternativa para o casode haver problemas com a principal. “Com esse problema de rádiopirata, celular, a gente pede para mudar , para continuar a operar”.O relator da comissão, deputado Marco Maia(PT-RS) informou, depois de ouvir os depoimentos, que a CPI deverátomar medidas para diminuir o problema denunciado pelascontroladoras. “Vamos recomendar ao governo uma fiscalizaçãomaior do espaço de São Paulo no que diz respeito aessas interferências de outras frequências nos rádiosdos controladores de vôo.