Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Caixa Econômica Federal ajudará namodernização do Ministério da Saúde, coma completa informatização e interconexão doprograma Farmácia Popular do Brasil. Acordo nessesentido foi assinado hoje (9) em Brasília peloministro José Gomes Temporão e pela presidente do banco, Maria Fernando Ramos Coelho.Em breve, todas as transaçõescomerciais executadas dentro do programa pelas farmácias edrogarias credenciadas que exibem a marca "Aqui, tem FarmáciaPopular" serão gerenciadas pela Caixa, que repassaráas informações online para o Departamento deInformática do Sistema Único de Saúde (Datasus) por meio de um programa de computador. Uma das vantagens de aperfeiçoar o sistemade informação do Farmácia Popular do Brasil éque o Ministério da Saúde poderá controlarmelhor os gastos e obter informações como estoques,tipos de medicamentos mais utilizados e quais as doenças maiscomuns entre os clientes do programa. Com a implementação do sistema,serão permitidas a identificação digital dasfarmácias e a identificação digital das receitas por meio de códigos de barras. Outra vantagem éque as pequenas farmácias deixarão de depender deterceiros para transmitir suas informações na hora devender os medicamentos, porque vão poder usar o sistema dogoverno.O Ministério daSaúde ampliou o Farmácia Popular para as drogariascomerciais como sistema de co-pagamento em 2006. Com um número maiorde farmácias incluídas no atendimento, espera-sefacilitar o acesso da população a medicamentos para odiabetes e a hipertensão, por exemplo. Embora, as grandesredes contem com as facilidades da tecnologia, com o acordo,estabelecimentos em pontos remotos do país tambémpoderão se modernizar. No co-pagamento, além de medicamentos paradiabetes e hipertensão, o Farmácia Popular do Brasilvende medicamentos para prevenção da gravidez (pílulasanticoncepcionais). A participação das pessoas éde 10% no preço de venda, sendo os 90% restantes por conta dogoverno. Para o cidadão, um dos benefícioscom a total informatização do sistema é aagilidade do atendimento. "Do ponto de vista prática, aoinvés das pessoas ficarem na farmácia esperando, elevai comprar rapidamente como ele compra hoje usando o cartãode débito e o cartão de crédito", afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Dados fornecidos pelo Ministério da Saúdemostram que 4 mil farmácias e drogarias estãocredenciadas atualmente para fornecer os três tipos demedicamentos pelo sistema de co-pagamento e a expectativa é deque, dos 50 mil estabelecimentos, metade opte pelo programa.Temporão também disse que o grandedesafio agora é o cartão SUS. De abrangêncianacional, o cartão conteria todas as informaçõesnecessárias para agilizar o atendimento nas unidades de saúde:histórico de doenças, tipos de medicamentos consumidose serviços já utilizados pelos pacientes."Vai estar pronto, ali na hora, para que omédico possa ver na tela do computador e permite visualizartambém de que maneira esse paciente ele usa o sistema desaúde. Suas demandas e suas necessidades", afirmou oministro.