Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As estimativas de julho do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) confirmam as previsões que vem sendo feitas ao longo do ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de que a Safra Agrícola de 2007 será a maior da história do país. Na avaliação do gerente substituto do LSPDA, Paulo Monassa, para este resultado recorde dois fatores foram determinantes: as condições climáticas bastantes favoráveis e os avanços tecnológico no processo de produção.A produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas deverá atingir, em 2007, 133,4 milhões de toneladas – resultado que chega a ser 14% superior as 117,0 milhões de toneladas produzidas em 2006. Este resultado é, também, 445 toneladas maior do que as estimativas feitas pelo IBGE para o mês de junho.O principal destaque entre os 14 produtos que compõem a pesquisa fica para a produção de soja que este ano responderá por 43,7% do total. Juntamente com o milho (38,8%) e o arroz (8,3%), o volume equivale a 90% de toda a produção nacional de grãos. Os itens pesquisados são: algodão em caroço, amendoim, arroz, aveia, centeio, cevada, feijão, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, trigo e triticale.“Agente pode dizer que as boas condições climáticas que perduraram durante o ciclo das culturas e o maior uso de tecnologias e adubos foram fatores determinantes para a maior produção deste ano”, afirmou o gerente substituto da pesquisa Paulo Monassa.O resultado altamente favorável da safra agrícola deste ano acontece mesmo com uma redução de 0,4% no total da área cultivada em relação a 2006. Este ano, esta área cultivada ficou em 45,4 milhões de hectares, dos quais 20,6 milhões foram utilizados pelos agricultores para plantarem soja, e outros 13,7 milhões de hectares para as culturas de milho 1ª e 2ª safras.Regionalmente, os números indicam que o Sul do país continua respondendo por quase a metade de toda a produção nacional: 60,1 milhões de toneladas – o equivalente a 45% de toda a safra brasileira; o Centro-Oeste (segunda maior região produtora) respondeu por 44,2 milhões de toneladas – 33,2% do total; o Sudeste por 15,9 milhões – 11,9%; o Nordeste por 10,2 milhões (7,6); e a região Norte (a menor região produtora) por apenas 2,3% - 3,0 milhões de toneladas.