Julio Cruz Neto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Enquanto o presidenteLuiz Inácio Lula da Silva faz um giro pela AméricaCentral, Caribe e México impulsionando o biocombustívele convidando os mexicanos a participar da integraçãosul-americana, o venezuelano Hugo Chávez roda a Américado Sul com uma agenda de temas energéticos, entreoutros.Depois da Argentina, Chávez vai passar porUruguai, Equador e Bolívia, onde termina o roteiro nasexta-feira. E onde o parlamento investiga atualmente a recentechegada de um grupo de 70 militares da Venezuela à cidade deSanta Cruz, informa a Agência Lusa.A investigaçãofoi pedida pela oposição, que denuncia que os soldadosestrangeiros não passaram pelos controles de imigraçãoe sua presença no país viola a ConstituiçãoNacional.“Que nos dêem uma resposta clara e concretasobre os motivos por que vêm”, disse à Lusa opresidente do Comité Cívico de Santa Cruz, BrankoMarinkovic. “Vêm aviões com venezuelanos e cubanos enem sequer passam pela imigração”.Porta-vozesdas Forças Armadas bolivianas disseram que trata-se de umgrupo de militares encarregado de garantir a segurança dopresidente venezuelano durante sua visita.Mas a oposiçãonão se convenceu. O governador de Cochabamba, Manfred ReyesVilla, afirmou que os bolivianos devem se “preocupar com estainvasão pacífica” e denunciou que “hoje o paísestá cheio de cubanos e venezuelanos”.Chávez,Morales e o presidente argentino Néstor Kirchner terãosexta-feira um encontro a três na localidade boliviana deTarija, com assuntos energéticos na agenda. Chávezlançará na Bolívia a primeira pedra paraconstrução de uma central termelétrica em EntreRios (Cochabamba).Durante a visita, Chávez e Moralesvão constituir a empresa Petroandina Sociedade AnónimaMixta (SAM), uma sociedade entre as estatais PDVSA, da Venezuela, eYPFB, da Bolívia, que vai explorar hidrocarburetos ao norte deLa Paz.