Ministro da Fazenda diz que vai defender no Congresso cobrança da CPMF

08/08/2007 - 6h48

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu, ontem (7) à noite, em São Paulo, a continuação da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Para Mantega, o fim do tributo poderia levar à suspensão de programas sociais mantidos pelo governo."Se o governo tiver que abrir mão desses recursos, vai ter que suspender algum tipo de programa social ou algum tipo de investimento", afirmou o ministro. De acordo com ele, a cobrança da CPMF gera uma arrecadação de cerca de R$ 37 bilhões por ano, sendo destinados constitucionalmente cerca de R$ 15 bilhões para a saúde, R$ 8 bilhões para o Fundo da Pobreza (que, segundo o ministro, paga parte do Bolsa Família), R$ 8 bilhões para a Previdência e o restante para utilização do governo. Em entrevista depois de participar da entrega do prêmio Maiores e Melhores, da Revista Exame, Mantega disse que pretende convencer os parlamentares no Congresso a manter a aprovação da cobrança da CPMF."Procurarei convencer os parlamentares da necessidade de mantermos esse tributo mesmo porque, se fôssemos reduzir algum tributo, deveríamos reduzir aqueles sobre a folha de pagamentos, que é algo que teria uma repercussão melhor para o país", disse.Segundo Guido Mantega, a alíquota da CPMF poderia ser reduzida, mas não agora. "Acho que no futuro nós poderemos reduzir a CPMF, mas no presente acho mais importante reduzirmos outros tributos que têm importância maior para o crescimento da economia".