Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou ontem (7) à noite, em São Paulo, que o governo federal pretende liberar, até outubro, as licitações para as concessões de sete grandes lotes de rodovias federais."O Tribunal de Contas da União já aprovou esses lotes, já desenvolvemos o modelo, está aprovado. Só falta colocar a licitação na rua. Até o final do ano, provavelmente em outubro, já teremos as licitações desses grandes corredores de tráfego", disse. Segundo Mantega, essas sete rodovias federais serão depois administradas pelo setor privado. De acordo com o ministro, as obras de infra-estrutura previstas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) já estão sendo realizadas e o país está virando um grande canteiro de obras."O Brasil já está se transformando num canteiro de obras. Basta ver o nível da construção civil, a ampliação dos financiamentos e dos projetos de construção civil. Esse setor está crescendo mais de 7% ao ano", afirmou. Mantega negou que a liberação dos recursos para as obras do PAC esteja demorando. "As obras já estão sendo feitas porque várias construtoras estão utilizando os créditos da Caixa Econômica Federal e do setor privado. No ano passado, foram mais de R$ 20 bilhões só para a construção civil", acrescentou.Mantega assegurou que os recursos do setor público também estão disponíveis. "Posso garantir que no Ministério da Fazenda os recursos estão disponíveis. Demoram um pouco mais porque requerem projetos executivos. O setor público sempre precisa fazer licitação. A trajetória é mais complicada, porém eles serão feitos", disse.Segundo o ministro, futuramente também serão desenvolvidos os projetos de saneamento, "que demoram um pouco mais porque são feitos juntamente com os estados e municípios".O ministro participou, na capital paulista, da entrega do prêmio Maiores e Melhores, da Revista Exame. Também participaram do evento o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia.