Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil deverá aumentar as exportações de carne com o fim doembargo anunciado pelo Serviço de Supervisão Veterinária eFitossanitária da Federação Russa. De acordo com o secretário de DefesaAgropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Afonso Kroetz, semais frigoríficos produzirão, a oferta irá, evidentemente, aumentar nomercado externo. "Uma vez que ele [frigorífico] é aprovado para um determinadomercado, automaticamente advoga o direito de acessar outro mercado quetem as mesmas exigências. Se aumenta a oferta, é positivo para nossomercado", disse Kroetz.Ontem, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anunciou o fim do embargo a esses frigoríficos, que haviam sidoimpedidos de exportar para a Rússia, maior comprador individual do país,em maio passado. Duas empresas são de Goiás, duas de São Paulo, duas deSanta Catarina e uma do Rio Grande do Sul. "Novos frigoríficos, dentro da áreahabilitada a fornecer para Rússia, poderão ser autorizados, porém aindasem data definida", informou, em nota, o ministério. A área habilitada compreende os estados deRondônia, Tocantins, Mato Grosso, São Paulo, Goiás e Rio Grande do Sul.Segundo o secretário, três frigoríficos deverãoser inspecionados nesta semana em São Paulo, Rio Grande do Sul e possivelmente em Santa Catarina, para liberação pelos técnicos russos. Osecretário disse também que o Brasil não vai mudar a estratégia naexportação de carne para depender menos das compras da Rússia. Para Inácio Kroetz, outros parceiros comerciais são importantes, mas isso nãosignifica reduzir as vendas àquele país."Na realidade, procuramos atingir mais mercados, porquetemos excedente de produção. Quanto mais extenso o leque de mercadosimportadores, melhor para nós. Mais facilidade nós teremos de atenderos mercados mais exigentes", afirmou.