Marcos Agostinho
Da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Educação Fernando Haddad disse hoje em encontro com os secretários estaduais de educação que os planos em educação devem ser feitos tendo como foco a aprendizagem. Para ele não é possível mais que se façam planos e programas abstratos para o setor.“Os programas que estamos desenvolvendo têm que estar centrados na avaliação permanente de metas e resultados, para até mesmo sabermos se estamos equivocados e fazer possíveis ajustes de rotas”.Essa avaliação, segundo Haddad, deve estar centrada no índice de qualidade, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Ele afirmou que todo projeto apresentado pelos estados com base no compromisso Todos pela Educação deve ter como eixo principal a melhoria da aprendizagem.“Nós queremos que as parcerias com os estados tenham foco no aprendizado, o que quer dizer na prática que as propostas apresentadas pelos estados em resposta ao Plano De Desenvolvimento da Educação (PDE) têm que seguir uma espécie de roteiro".Haddad explicou que essa postura faz com que a educação seja vista como realmente um investimento para o país. Nesse sentido deve apresentar uma taxa de retorno que, caso não seja verificado, há necessidade de reflexão sobre a qualidade desse investimento. “Pode haver várias razões para esse insucesso. Pode ser uma falha da parceria com o poder local, uma falha de diagnóstico ou até mesmo uma falha do próprio ministério. É preciso verificar quem falhou e, a partir disso, fazer os ajustes necessários dentro da própria parceria”.O ministro ressaltou, porém, que o plano não prevê prêmios nem punições para os estados e municípios que não cumprirem as metas estabelecidas pelo Compromisso, já que isso levaria punição aos estudantes, os principais prejudicados com tais medidas. Haddad voltou a ressaltar os processos de avaliação que apontem as razões para o não-cumprimento da metas e as ações necessárias para que sejam atingidas.Para a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria Pilar Lacerda, o encontro de secretários estaduais ganha importância exatamente por ser o momento em que os estados podem apresentar seus projetos e saber do Ministério como se dará a adesão aos programas lançados que fazem parte do Plano de Desenvolvimento da Educação.“Os estados têm os seus projetos e o que queremos é saber qual são suas dificuldades específicas e como podemos ajudar, então mais do que o momento de debate, reclamação ou reivindicação é momento de manter e continuar uma parceria com o Ministério da Educação”, disse a secretaria.
