Professor explica que superar demanda em leilão mostra folga depois de 2010

26/07/2007 - 20h10

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Nivalde de Castro, afirma que o fator mais importante do leilão de energia nova, realizado hoje (26), é o fato de que 102% da demanda de energia apresentada à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para 2010 foram atendidos.Essa cota nova vai se somar à energia velha já contratada e significa, segundo ele, que não vai faltar  oferta para atender a demanda a partir de 2010. “Vão ser 1.300 megawatts médios de energia. Só que ela vai sair um pouco mais cara”, afirmou, completando, em seguida: “Mas é melhor energia cara do que nenhuma energia. Aí então é que fica muito caro para a sociedade, como o caso da Argentina está mostrando”.Nivalde de Castro destacou que no país vizinho, não há energia, nem mesmo a gerada por térmicas a óleo, que é mais cara. “Então, o setor industrial pára, para atender às residências, que é a opção do atual governo”. No caso brasileiro, o professor disse que o país está em situação de vantagem porque  a energia sai  mais cara, mas existe a garantia de suprimento. A EPE é vinculada ao Ministério de Minas e Energia.O leilão de energia nova para oferta às distribuidoras a partir de 2010 resultou na contratação de 1.304 megawatts médios de energia. A energia negociada representa o atendimento a 101,8% da demanda das distribuidoras. O preço médio no leilão atingiu R$ 134,67 por megawatt-hora, totalizando volume financeiro de R$ 23,09 bilhões.