Leilão de energia da Aneel negocia energia "suja e cara", avalia professor da UFRJ

26/07/2007 - 20h05

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), daUniversidade Federal do Rio de Janeiro, Nivalde de Castro, avalia que o quarto leilão de energia nova, realizado hoje (26), teria baixo preço de compra para geração de energia menos poluentes, o que não teria atraído interesses de empreendedores desse tipo de fonte. Toda a energia negociada no leilão foi proveniente de usinas térmicas a óleo, ao preço médio de R$ 134,67 por megawatt-hora, para ser entregue às distribuidoras a partir de 2010. O leilão totalizou 171,47 milhões de megawatts-hora, alcançando valor de R$ 23,09 bilhões. “Se eu não consigo oferecer energia limpa e barata,  eu ofereço energia suja e cara”, disse Castro.“Mas, em compensação, os empreendedores que ofereceram usinas a óleo combustível foram contemplados, porque o leilão começa querendo comprar energia mais barata, que é a energia mais limpa. Não conseguindo sensibilizá-los por vários motivos, a energia suja e cara aparece e é leiloada em seguida”, afirmou.