Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro do Esporte, Orlando Silva, afirmou que atletas cubanos usaram o Brasil como plataforma para serem empresariados na Europa. Na última quarta-feira (22), os cubanos Guillermo Rigondeaux e Erislandi Lara deveriam ter lutado na competição de boxe dos Jogos Pan-Americanos, mas não apareceram para a pesagem e foram eliminados.“Não são perseguidos políticos. O que eles querem é sair do Brasil rapidamente. Eles usaram o país como passagem. Eles querem ir para Europa para poder ser empresariados”, criticou. “O Pan-Americano não é uma plataforma para beneficiar pessoalmente ninguém. É uma plataforma para celebração da paz e da amizade entre os povos. Quem sabe eles refletem e, nos próximos dias, voltem para o seu país em respeito ao investimento que receberam”, afirmou.Orlando Silva acrescentou que ficou triste com a decisão dos boxeadores. “Conheço o esforço que o Estado cubano faz para garantir os direitos fundamentais daquele povo, saúde , educação e esporte, que é muito valorizado em Cuba. Um atleta desse, como o boxeador que foi bicampeão olímpico é ídolo de muitos jovens daquele país”, disse.Essa não é a primeira vez que atletas cubanos abandonam a delegação durante competições internacionais. No Pan-Americano de Winnipeg, em 1999, no Canadá, cerca de 13 atletas cubanos de várias modalidades largaram a delegação e não retornaram a Cuba. No ano passado, durante uma competição de boxe, na Venezuela, três boxeadores não voltaram ao país. Odlanier Solís, Yan Barthelemy e Yuriorkis Gaboa abandonaram a delegação, e foram lutar profissionalmente na Alemanha.