Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ComissãoParlamentar de Inquérito do Apagão Aéreo daCâmara aprovou sete convocações individuais paradepoimentos – a maioria de pessoas conhecem detalhes técnicosdo funcionamento do modelo Airbus 320, que se acidentou no Aeroportode Congonhas. Entre eles, o representante da Airbus no Brasil, oresponsável pela segurança da TAM, e dois pilotos queoperaram a mesma aeronave da TAM no dia anterior do acidente.Os novos convocadospela investigação parlamentar são: MárioSampaio, representante da Airbus no Brasil; Fernando Silva Alves deCamargo, tenente-coronel responsável pela investigação;Alex Frischmann, comandante da TAM; Alayde Avelar Freire Sant'Anna,ouvidora da Agência Nacional de Aviação Civil(Anac); Eduardo Batalia Brosco e Elias Ravem, tripulantes queoperavam o Airbus 320 durante o vôo 3215, de Confins paraCongonhas, na véspera do acidente - dia 16 de julho; e MarcoAurélio Castro, responsável pelo setor de segurançada TAM.Além dessesnomes, os deputados convocaram uma audiência conjunta entre osfamiliares das vítimas dos dois maiores acidentes da aviaçãobrasileira nos últimos dez meses – o da Gol, no ano passado,que se chocou com um jato Legacy, e o da TAM, que atravessou a pistaprincipal de Congonhas e se chocou com um terminal de cargas próximoao Aeroporto de Congonhas.Os integrantes da CPItambém aprovaram prazo de 48 horas para que todos osrequerimentos de informação solicitados pela comissãosejam respondidos sob pena de responsabilização.“Principalmente informações solicitadas àAeronáutica”, diz o presidente em exercício da CPI,Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo ele, muitas informaçõesainda não foram repassadas. “É obrigaçãorepassar. Se necessário vamos fazer busca e apreensão.”Os parlamentaresdecidiram não votar o requerimento que pedia a acarecaçãodos presidentes da TAM e da Gol em conjunto com representantes daInfraero, Anac e Aeronáutica. Segundo Eduardo Cunha, do “pontode vista formal, ainda não se pode pedir uma acareaçãode que não depôs na CPI”. É o caso derepresentantes da Aeronáutica. Na próxima quinta-feira(2), a CPI pretende ouvir o presidente da TAM, Marco Antonio Bologna.