Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Aeronáutica receberá em outubro o resultado de estudo encomendado a uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip), para redimensionar as necessidades de pessoal e o perfil de cada profissional. "No final do ano teremos uma idéia aproximada dessas necessidades até 2017, estimando para o setor um crescimento anual de 12% nos próximos cinco anos e de 10% nos cinco anos seguintes", informou hoje (12) o diretor geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), major brigadeiro-do-ar Ramon Borges Cardoso.A implantação do sistema CNS/ATM – nova concepção de apoio à navegação aérea, elaborada pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) – vai exigir, segundo ele, uma capacitação dos técnicos do órgão. “E eu preciso começar a formá-los já”, acrescentou. Por isso, explicou, a Aeronáutica preferiu contratar  uma empresa independente para realizar esse estudo. O diretor geral do Decea disse ser contrário à criação, em curto prazo, de um novo órgão civil responsável pelo monitoramento do tráfego aéreo, em atendimento a sugestão do Ministério Público do Trabalho para a superação da crise no setor . “Eu acho que não precisa. O próprio comandante da Aeronáutica acha que, com a implantação do CNS/ATM em um prazo que se imagina de dez anos, haverá necessidade de um outro órgão para fazer esse controle. Isto porque serão diferenciados os conceitos de defesa aérea e de controle do tráfego aéreo, hoje integrados", afirmou.Ramon Cardoso destacou ainda a necessidade de um planejamento prévio e cuidadoso sobre a matéria. E citou a contribuição do estudo encomendado pelo Decea para a definição desse novo órgão.