Luciana Vasconcelos e Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), negou pedido do P-SOL para incluir no processo de investigação contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), a denúncia, publicada na revista Veja, de que ele faria lobby para a cervejaria Schincariol. Segundo a revista, a empresa, por sua vez, teria comprado por um valor fora da realidade de mercado uma fábrica de tubaína pertencente ao irmão de Renan, o deputado federal Olavo Calheiros (PMDB-AL). Por meio de nota, Quintanilha afirma que a aceitação do pedido atrasaria o andamento das investigações em curso, sobre a acusação feita pela jornalista Mônica Veloso de que Renan entregaria dinheiro referente a pensão por conta da filha que os dois têm juntos por meio de Cláudio Gontijo, funcionário da empreiteira Mendes Júnior. Renan tenta provar, atualmente, que o dinheiro entregue a Mônica era realmente seu. Os documentos que ele entregou ao Conselho de Ética com esse intuito vêm sendo questionados por perícia da Polícia Federal e reportagens da imprensa.A nota diz ainda que a decisão tem o apoio dos relatores no caso - os senadores Renato Casagrande (PSB-ES), Marisa Serrano (PSDB-MS) e Almeida Lima (PMDB-SE). "O aditamento apresentado pelo P-SOL na noite de 10 de julho ao Conselho de Ética pedindo a inclusão no processo da investigação das denúncias que o senador Renan Calheiros teria atuado para beneficiar a cervejaria Schincariol em Alagoas é intenpestivo", diz a nota. "Já foram estabelecidos os limites da lide e o aditamento apresentado ontem provém de fato estranho ao processo."