Amanda Mota
Repórter da Agência Brasil
Manaus - Preocupados em garantir o desenvolvimentosocioeconômico da Amazônia a partir de cuidadoscom a saúde da população, 21 instituiçõespúblicas e privadas de oito países latino-americanosdecidiram compor uma rede internacional em ciência, tecnologiae inovação.O grupo é formado pelo Brasil,Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana eSuriname, que integram a regiãoPan-Amazônica."A importância da rede está no espaço deintercâmbio de informações e experiênciaspara o desenvolvimento dessa região no campo saúde", diz o coordenador-geral da rede pela Fundação Oswaldo Cruz, Edmundo Galo. "Nessesentido, ela pretende ser não apenas um espaço dereunião dos países e instituiçõesparceiras para o diagnóstico de problemas locais, masespecialmente para fomento e monitoramento de projetos concretos quepossam ter resultado a curto e médio prazos e impacto sobre odesenvolvimento social e econômico da região".Os projetos da Rede Pan-Amazônica vão tratar da saúderelacionada a quatro eixos prioritários: cidadania, meioambiente, desenvolvimento sócio-econômico e recursoshumanos. Cada um terá apoiodas instituições envolvidas e buscará oenvolvimento das comunidades mais distantes e menos desenvolvidas.Um exemplo de ação que estáganhando novo fôlego é a pesquisa desenvolvida pelaFundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com oPeru e a Colômbia para combater a malária na fronteirados três países. A cooperaçãocientífica na tríplice fronteira visa minimizar osefeitos negativos da doença e qualificar o atendimento das famíliasque vivem no local.A implementação oficial da rede ocorreu esta semana em Belém (PA), durante o 2º Encontro Pró-Rede Pan-Amazônica, organizado pelaFiocruz. O primeiro encontro foi em novembro do ano passado, em Manaus (AM).As conversas iniciais sobre a rede surgiram das atividades realizadasem decorrência do Plano Amazônia Sustentável(PAS), lançado pelo governo federal em 2003. O acompanhamento das ações seráfeito por uma secretaria técnica formada pela OrganizaçãoPan-americana de Saúde, Organização do Tratadode Cooperação Amazônica e Fiocruz.No Brasil, a iniciativa contará com o apoiode secretarias estaduais e municipais de saúde, laboratórios,Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), UniversidadeFederal do Amazonas (Ufam), Universidade Federal do Pará(UFPA) e Instituto Emílio Ghoeldi.