Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil produz anualmente 210 mil toneladas de plásticofilme, a matéria-prima dos saquinhos plásticos, o que representa cercade 10% do lixo do país. Cada saquinho de supermercado pode demorar atéum século para desaparecer completamente.O deputado estadual Sebastião Almeida (PT-SP) é autor de um projeto de lei aprovado pela Assembléia Legislativa que obriga os estabelecimentos comerciais a trocaremsacolas de plástico comum por material biodegradável para oacondicionamento de produtos. Se for sancionada pelo governador JoséSerra, os comerciantes terão prazo de um ano para se adaptar à nova lei.O deputado diz que os consumidores já se acostumaram a carregaras compras nos saquinhos plásticos, que já foram incorporaram nocotidiano, com o uso deles para abrigar o lixo doméstico, por exemplo.“Onde não existe a coleta seletiva, todo esse plástico termina ematerros sanitários e lixões a céu aberto, dificultando e impedindo adecomposição de materiais biodegradáveis”, afirma. Para o deputado, asituação poderia ser amenizada se houvesse maior preocupação com areciclagem do lixo. Segundo a proposta aprovada pelosdeputados de São Paulo, as embalagens que deverão ser utilizadas pelosestabelecimentos comerciais do estado devem desintegrar por oxidação emfragmentos em um período de tempo especificado e biodegradar tendo comoresultado CO2, água e biomassa.A proposta, do deputado estadual Sebastião Almeida (PT-SP), diz que devem ser usadas embalagens plásticas oxi-biodegradáveis (OBP), que apresente degradação por oxidação acelerada por luz e calor, e capacidade de ser biodegradada por microorganismos. Além disso, os resíduos finais não devem ser tóxicos.As informações sobre os aditivos utilizados devem ser estampadas nas embalagens. Quem não cumprir as determinações da lei deverá pagar uma multa de cerca de R$ 42 mil. Na reincidência, a multa será aplicada em dobro.