Operações de crédito superaram os R$ 780 bilhões em maio e BC vê tendência de elevação

28/06/2007 - 21h31

Edla Lula
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As operações de crédito no mercado financeiro, que em maio somaram R$ 786,123 bilhões, correspondematualmente a 32,2% do Produto Interno Bruto (PIB), que é o conjunto deriquezas produzidas no país. Segundo análise do chefe do Departamento Econômico doBanco Central, Altamir Lopes, há uma tendência de essa proporçãoaumentar. O desempenho do volume de empréstimos, das taxas de juros edos prazos de financiamento, segundo Lopes, estãoalcançando recordes históricos – e isso funciona como fator de estímulopara pessoas e empresas pedirem empréstimos. "A expectativa é muitopositiva do ponto de vista de elevação do crédito. Tem-se, de fato, um quadro em que a inadimplência está estável, num patamarrelativamente baixo, com redução pronunciada de taxas e prazoscada vez mais elevados", disse. E citou a taxa de juros para pessoa física, que caiu em maio para 48,6% ao ano – o menor índice desde 1994, quando teve início a série histórica de acompanhamento pelo Banco Central. Também a taxa média de juros está no seu menor nível, de 37,4% ao ano. A taxa cobrada das pessoas jurídicas, de 24,3% aoano, aproxima-se dos 22%registrado em setembro de 2002, quando alcançou o menor valor. Em maio, o índice de inadimplência ficou estável em 4,8%. O prazo médiodas prestações foi de 322 dias corridos, o maior período já registradona série histórica, iniciada em 1994. No caso das pessoas físicas, oprazo médio foi de 398 dias, a maior desde agosto de 2000, quando oprazo foi de 407 dias.O crédito livre somou R$ 546,8 bilhões. Os empréstimos para pessoas físicas cresceram 2,9%, principalmente por causa das compras do Dia das Mães. O uso do cartão de crédito aumentou 4,8% em maio e o crédito pessoal registrou alta de 3,8%. As operações de leasing foram as que mais cresceram – 6,8% em relação aabril, atingindo R$ 18,5 bilhões. Na comparação com maio do anopassado, o crescimento foi de 67,3%.