Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governofederal vai aumentar o contingente e a atuação da ForçaNacional de Segurança Pública no combate àviolência. A medida faz parte do Programa Nacional de SegurançaPública com Cidadania (Pronasci) e foi anunciada hoje (28)pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, durante reuniãocom secretários estaduais de Segurança.
OPronasci prevê a integração das políticas de segurança públicaàs ações sociais nas regiões commaiores índices de criminalidade. As principais açõesdeverão ser destinadas aos jovens de 18 a 24 anos consideradosem situação de risco de envolvimento com o crime.
Entre osprojetos que integram o programa está a criação de um fundo para complementação de salários depoliciais e agentes penitenciários. “A União vaicompletar o vencimento pago pelos estados até o valor de um piso,que ainda não está definido, mas deverá ser decerca de R$ 1.500”, explicou o ministro.
O valortotal dos investimentos nas ações do Pronasci também ainda não foi definido e deverá ser anunciadodurante a apresentação dos projetos ao presidente LuizInácio Lula da Silva, no dia 9 de julho.“Vamos utilizar os recursos contingenciados do Fundo PrevidenciárioNacional e do Fundo Nacional de Segurança Pública”,adiantou Tarso. Noencontro de hoje, os secretários tiraram dúvidas sobrea implantação do Pronasci e fizeram sugestões aoprograma, como a ampliação do número de áreasatendidas. Adiretora do Instituto de Segurança Pública do Rio deJaneiro, Ana Paula Miranda, destacou a necessidade de fortalecer aparceria com os municípios para garantir a viabilidade dasações.“Muitas vezes, o município recebe umaverba diretamente da Secretaria Nacional de Segurança Públicae desenvolve projetos que não têm ligaçãocom a esfera estadual, como deve ser em uma política desegurança integrada”, disse.Para a secretária de segurança pública do Pará,Vera Lúcia Tavares, o Pronasci vai complementar a políticaadotada pelo governo estadual, com foco em ações de segurança cidadã: “Oprograma vem ao encontro das nossas ações e vaireforçar uma dinâmica de trabalho que já buscaintegrar ações preventivas e repressivas”.
A reuniãode hoje foi a quinta promovida pelo Ministério da Justiça com representantes de estados e municípios,instituições e organizações da sociedadecivil, para discutir sugestões que possam ser agregadas à versãofinal do programa.