Planejamento marca para o dia 22 nova reunião com servidores da Cultura em greve

14/06/2007 - 23h16

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, marcou para as 10 horas do dia 22 nova reunião com os servidores do Ministério da Cultura e órgãos vinculados, para tratar da implantação do Plano Especial de Cargos, reivindicado pela categoria, que está em greve há 29 dias. Hoje (14), ele ouviu as cobranças dos funcionários e apresentar a proposta do governo na próxima reunião. Para a representante do Comando Nacional da Greve, Ana Cláudia Alves, do Instituto do Patrimônio Histórico (Iphan), o encontro do início desta noite significou "uma abertura de negociação". O foco da greve, explicou, é a formalização do Plano Especial de Cargos, que foi construído na mesa nacional de negociação e protocolado pelos servidores no Ministério do Planejamento em 2005. "O governo concordou que isso seria um parâmetro, mas repetiu o que vem dizendo a outras categorias: que há restrições orçamentárias para este ano e o governo não deverá oferecer nada. O secretário manifestou a disposição de fazer concessões a partir de 2008, e isso foi um avanço para o processo de negociação", disse a representante.  A greve de cem dias realizada em 2005 resultou na concessão aos servidores da Gratificação Especial para Atividade Cultural (Geac), que contempla os níveis superior, médio e auxiliar, e que "vem sendo paga normalmente". O plano de carreira que os servidores reivindicam, segundo Cláudia Alves, "estrutura grupos de cargos e institui mecanismo de gestão de recursos humanos". O Ministério da Cultura tem hoje 4 mil servidores. entre ativos e inativos. Para a arqueóloga Maria Lúcia Pardi, do Iphan do Rio de Janeiro, os os servidores "querem chamar a atenção do governo para a importância do papel desempenhado por aqueles que trabalham em cada segmento da pasta, pelo seu papel de guardiães do patrimônio nacional, que não tem só o sentido cultural mas também econômico. Nós precisamos ser mais reconhecidos e para isso contamos com o apoio do ministro Gilberto Gil e dos demais membros do seu gabinete", disse ela.