Confederação responde a MST e diz que agronegócio não é exclusivo de grandes produtores

15/06/2007 - 0h55

Cleuber Nunes
Da Agência Brasil
Brasília - O agronegócio é responsável por 37% dos empregos do país, o que representa 12% da população economicamente ativa do país, segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA). É com esses dados que o assessor técnico da Comissão Nacional de Assuntos Fundiários da entidade, Anaximandro de Almeida, rebate a crítica do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) sobre a importância dada pelo governo ao agronegócio.“O agronegócio não contempla apenas as grandes propriedades agrícolas. Os pequenos e médios produtores, os agricultores familiares e até mesmo os trabalhadores rurais provenientes da reforma agrária estão inseridos no agronegócio. Aquele que produz o excedente, que ultrapassa a barreira da subsistência e colocar o produto a venda, se integra no agronegócio como um todo”, explica Anaximandro.Segundo ele, as críticas do MST são um "equívoco conceitual" e carecem de dados quantitativos. Ao responder a crítica que o governo dá prioridade de recursos as empresas transnacionais do agronegócio, Anaximandro lembrou que o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) financia os pequenos agricultores que tenham até dois empregados fixos. “Vamos procurar esclarecer a população o conceito do agronegócio, pois até o assentado participa dele”, afirma.O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, também deu uma entrevista à Agência Brasil para comentar as análises do MST sobre a reforma agrária no governo Lula.