Mariana Borgerth
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em mais um dia da operação policial no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, duas pessoas morreram e três ficaram feridas, entre elas, uma criança de 9 anos e um policial militar.A área está ocupada por policiais desde o dia 2 de maio. Do início das operações até agora, cerca de 70 pessoas foram feridas e 18 morreram. Nesse período, as aulas foram interrompidas e, em alguns momentos, a energia elétrica e a coleta do lixo chegaram a ser suspensas.Desde ontem (13), a Força Nacional de Segurança está participando da ação policial com 140 homens. De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança, os policiais ficarão no local por tempo indeterminado.Na ação de hoje, policiais e agentes da Força Nacional revistaram pessoas na entrada do morro em busca de armas e de drogas. O deputado Alessandro Molon (PT), presidente da comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio, enviou uma representação para o Ministério Público, pedindo uma investigação sobre a atuação policial no Complexo do Alemão.“Recebemos a informação de que meninas teriam sido obrigadas a levantar as saias durante a revista policial. No nosso entendimento, isso constitui um excesso inadmissível”.Na zona portuária do Rio de Janeiro, uma troca de tiros entre traficantes e policiais na favela Parque Alegria, no bairro do Caju, deixou uma pessoa morta e cinco feridas. A troca de tiros chegou a fechar a Avenida Brasil e a Linha Vermelha, duas das principais vias de ligação do Centro com o subúrbio da cidade.